domingo, 21 de novembro de 2010

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  • Aprenda a Viver Bem com Deus e com Seus Impulsos Sexuais – Erwin Lutzer


          Como se apropriar da graça e do poder de Deus para vencer as tentações de natureza sexual, mantendo uma vida saudável e livre da culpa.
          O cristão possui desejos dados por Deus que precisam ser dominados, harmonizados e utilizados da forma correta: o desejo de expressar sua sexualidade precisa ser conciliado com o desejo de ser puro aos olhos de Deus.
          O autor deste livro, pastor de uma grande igreja, escreve sobre os problemas da impureza: adultério, sensualidade, masturbação, homossexualismo, e suas devastadoras conseqüências.
          Em todas a suas considerações ele aponta ao leitor o caminho para Deus, de quem pode receber a graça e o poder para viver vitoriosamente com suas paixões






          O Escritor Romildo Lima está disponibilizando seu livro grátis para baixar.  O   livro está disponível em duas opções.
          Aqui você pode lê onlineLivro profeta da Cruz opção 1
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          Agradecemos o irmão escritor Romildo que autoriza a distribuição gratuita de seu ebook  na internet, sendo o mesmo autor desta obra.





As Três Dimensões do Homem


         Possuímos uma natureza tripartida: corpo, alma e espírito, como constam, por exemplo, nos textos bíblicos de 1 Tessalonicenses 5.23 e Hebreus 4.12. 

            A natureza tríplice do homem é a seguinte:

            Corpo – A dimensão do homem que lida com o âmbito físico.
            Alma – A dimensão do homem que lida com o âmbito mental. O intelecto do homem. As sensibilidades e a vontade. A parte que raciocina ou pensa.
            Espírito – A dimensão do homem que lida com o âmbito espiritual. A parte do homem que conhece (ou pode conhecer) a Deus. É a essência da natureza divina (Jo 4.24).

Dicotomia e Tricotomia

Todos concordam que o homem tem tanto uma natureza material como uma imaterial. Sua natureza material é seu corpo; sua natureza imaterial é sua alma e seu espírito. Surge a questão: o homem é um ser duplo ou tríplice? O espírito e a alma são uma só e a mesma coisa ou devemos diferenciá-los um do outro? Aqueles que acreditam que a alma e o espírito são uma só coisa são chamados de dicotomistas; os que afirmam que não são a mesma coisa são chamados de tricotomistas.
Analisaremos as duas escolas que interpretam as partes que compõem o ser humano, todavia o fato de seguirmos uma linha de pensamento sobre o assunto, não significa que consideramos outros pontos de vista falsos. Apenas discordamos dos ensinamentos que não tem embasamento bíblico.

O Corpo

Ao falar da criação do homem, a Bíblia começa com estas palavras: “E criou Deus o homem...” (Gn 1.27). A Bíblia apresenta um fato e não se preocupa em prová-lo. No hebraico, a língua do Antigo Testamento, a palavra homem significa literalmente terra, pó, barro. No grego do novo testamento, o termo homem tem uma definição filosófica que corresponde a “aquele que olha para cima”, porque entendiam que o homem é um ser superior no reino animal. Está escrito: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente” (Gn 2.7). Na primeira parte deste versículo temos a formação material do ser do homem. Deus formou o homem do pó da terra, dando beleza à sua estrutura terrena.
Todos os elementos que compõem o corpo humano podem ser facilmente encontrados e comprovados cientificamente nos laboratórios bioquímicos. Os cientistas apresentam cifras aproximadas de elementos químicos que compõem o corpo humano, a saber: 72% de oxigênio; 14% de carbono; 9% de hidrogênio; 2,5% de nitrogênio; os 2,5% restantes de pelo menos 15 outros elementos como cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro, iodo, ferro, cobre, zinco e outros elementos em proporções menores. Porem, o corpo, como todos estes elementos, se não tiver a bênção divina, não tem nenhum valor.

A tipologia do corpo

Vários são os tipos que podem ilustrar a importância do corpo humano.

1. Tabernáculo ou tenda (2 Co 5.1; 2 Pe 1.13,14). Esses textos referem-se ao corpo como algo provisório, assim como o tabernáculo o era, para Isael, na sua peregrinação à terra prometida. Nosso corpo é o invólucro da alma e do espírito (Dn 7.15). O tabernáculo era facilmente desmontável, para o povo de Israel transportá-lo através do deserto. O nosso corpo é o tabernáculo da alma  e do espírito durante nossa passagem através dessa vida aqui na terra. 

2. Templo. O templo é um lugar consagrado pela presença de Deus – um lugar onde a onipresença de Deus é localizada (1 Rs 8.27,28). O corpo de Cristo foi um “templo” (Jo 2.21) porque Deus estava nele (2 Co 5.19). Quando Deus entra em relação espiritual com uma pessoa, o corpo dela torna-se um templo do Espírito Santo (1 Co 6.19).

3. Vaso de barro (Lm 4.2; 1 Ts 4.4; 2 Tm 2.20,21). Essa designação é para mostrar a fragilidade do nosso corpo e, também, para destacar a importância e utilidade desses vasos para a obra de Deus.

            É fácil definir o que é o nosso corpo, porque é a parte de nós que podemos ver e que entra em contato com a dimensão tangível, física. Através das cinco faculdades (ou sentidos), que se manifestam através do corpo, que são: a visão, a audição, o tato, o paladar e o olfato, o corpo nos fornece as informações que necessitamos para discernir o mundo natural no qual vivemos.

A alma

            É preciso saber que o corpo sem a alma é inerte. Ela precisa dele para expressar sua vida funcional e racional. A palavra hebraica usada para designar alma é nephesh, e no grego à palavra usada é psiquê. No latim é anima, significando ânimo, energia, essência. A alma é a personalidade humana; o centro das decisões. Ela está relacionada a Deus por meio do espírito e à terra por meio do corpo.
            A alma é aquele princípio inteligente e vivificante que anima o corpo humano, usando os sentidos físicos como seus agentes na exploração das coisas materiais e os órgãos do corpo para se expressar e comunicar-se com o mundo exterior. Originalmente a alma veio a existir em resultado do sopro sobrenatural de Deus. Podemos descrevê-la como espiritualmente e vivente, porque opera por meio do corpo. No entanto, não devemos crer que a alma seja parte de Deus, pois ela peca. É mais correto dizer que é dom e obra de Deus (Zc 12.1).
       A alma tem três faculdades ou qualidades, pelas quais ela se manifesta: Intelecto, Sentimento e Vontade.

            O Intelecto (Gn 1.28; 2.19,20). É a parte da alma que pensa, raciocina, decide, julga e conhece. É o intelecto que recebe conhecimentos. É o conjunto das funções mentais que correspondem ao pensamento abstrato e lógico.

            Os sentimentos fazem o homem um ser emotivo. O homem não é como uma máquina, insensível. Ele pode sentir todas as grandes emoções como alegria, gozo, tristeza ou prazer, descontentamento e dor. As emoções afetam o funcionamento do coração, por isso costumamos atribuir-lhe nossos sentimentos. Os sentimentos devem ser cultivados sob o controle do Espírito Santo. O fruto do Espírito (Gl 5.22) está diretamente ligado à parte emotiva. Contudo, isto não quer dizer que as qualidades do fruto do Espírito sejam meras emoções.

            A vontade é aquele poder e oportunidade para se fazer conduzir como quiser, ou de acordo com sua escolha.
        A vontade é uma das mais fortes qualidades da alma humana. Ela atua, geralmente, influenciada pelo intelecto e pelas emoções do homem. Ela não age sozinha. Há sempre um poder superior atuando sobre ela. Não há vontade livre no sentido mais absoluto, porque ela obedece também às forças emotivas e intelectuais da alma. O intelecto envolve as afeições e os desejos da alma. A vontade está intimamente ligada à escolha que a alma faz dos meios e fins desejados.

O espírito

O espírito é a parte mais profunda do ser humano. A palavra equivalente a espírito, no hebraico, é ruach; no grego, pneuma. O sentido mais elementar das palavras ruach e pneuma é vento, hálito, respiração, sopro. Porém, a palavra espírito deve ser interpretada dentro do seu contexto para que seja entendida na sua real significação. Ambos os termos no hebraico e no grego podem referir-se ao Espírito Santo, aos anjos como também aos homens (Gn 2.7; Mt 27.50; Lc 8.55; Mt 8.16; Lc 1.11; At 5.19; Hb 2.7). O espírito é o princípio ativo de nossa vida espiritual, religiosa e imortal. É o  elemento de comunicação entre Deus e o homem. Certo autor cristão escreveu que “o corpo, a alma e o espírito constituem a base real dos três elementos do homem: consciência do mundo externo; consciência própria e consciência de Deus”.
O espírito foi formado pelo Criador na parte  interna da natureza do homem, capaz de renovação e desenvolvimento (Sl 51.10). Esse espírito é o centro e a fonte da vida humana.

            As faculdades (ou capacidades) do espírito humano

            São duas as faculdades essenciais do espírito humano: Fé e Consciência. Essas duas faculdades identificam a religiosidade natural do homem, isto é, o seu lado intermediário espiritual.
        Fé e consciência expressam a natureza moral e espiritual do homem e mostram sua indiscutível diferença da criação irracional.

            A  é a faculdade que expressa à máxima natureza religiosa do homem. É uma faculdade que nasce com ele. É inata à sua existência. Não é fé ensinada ou adquirida, mas é própria do ser espiritual humano. Ela abrange o caminho para a adoração a Deus, o Criador. A fé visualiza o futuro com a esperança. A fé incita o homem racional a orar e comungar com Deus.
         A Consciência expressa à forma que o homem se relaciona e reage ao o mundo objetivo. Consciência inclui o saber das emoções, sentimentos, dos desejos e de outras coisas que nos controlam.
           A consciência que cada indivíduo tem é diferente da do outro porque ela envolve crença, valores e toda experiência de vida do mesmo.
          A Consciência é a lei moral e espiritual. Deus ordenou que as criaturas inferiores fossem governadas primeiramente pelos instintos, mas o homem foi elevado à dignidade de possuir o dom de livre-arbítrio e a razão, com os quais poderia disciplinar-se a si mesmo e tornar-se árbitro de seu próprio destino.

            O intuito deste estudo, não é dividir o homem em três pessoas, mas apenas mostrar que, ele mesmo sendo uma unidade, é composto por estas três partes essenciais. Compreender isto é fundamental para a compreensão da natureza do homem.
            Seu futuroTodos os homens serão ressuscitados dos mortos (Jo 5.28,29). Os não-redimidos serão ressuscitados para uma existência eterna no lago de fogo (Ap 20.12,15), e os remidos, no céu.
            Sua característicaImagem e semelhança de Deus”. O estado original de Adão era de santidade recebida, mas não confirmada. Ele perdeu este estado com a queda, mas o homem ainda retém vestígios da imagem e semelhança de Deus. (1 Co 11.7; Tg 3.9).

A. S. Barros